sexta-feira, 3 de outubro de 2014

coisas da casa #10: Maquineta mai linda da dona!





Tenho a mania de falar com os electrodomésticos, maquinetas e gadgets cá de casa.


Facilitam-me a vida, e muito! Portanto o mínimo que lhes posso dar em troca é um incentivo verbal do tipo "bichinha mai linda da dona".


Acho que vivemos numa época bestial no que toca a comodidades. Já tentei imaginar como seria a vida de qualquer um de nós sem aqueles aparelhos que tomamos por certos e fazem parte do essencial da grande maioria das casas. O resultado é uma maior apreciação por todos eles.


Já imaginaram como era a vida antes da invenção da casa de banho como a conhecemos hoje?!
Antes da nossa época, (e não é preciso retroceder assim tanto no tempo), as cidades eram imundas, cheias de dejectos e doenças. Até os romanos tinham uma divindade, (não me recordo agora do nome), a quem rezavam para que levasse os dejectos para longe.


Ou ainda a vida sem máquina de lavar roupa, sem frigorífico, ou fogão?! Impensável não é?


Há maquinetas que dispenso, como a máquina de lavar louça ou o micro-ondas, mas nunca a máquina de secar.


Cá em casa o estendal é micro. De tal forma pequeno que para estender um jogo de lençóis, tinha que dobrá-los muitas vezes para caberem no dito.


(É graças a estes pormenores que digo que muitos arquitectos e pessoas da construção, deveriam viver nas casas que constroem para terem uma real noção do que é necessário, e de onde falharam.)


Eu sei que uma máquina de secar roupa não se pode considerar parte do "pacote básico" dos essenciais a ter em casa, e que faz mais jeito a uns do que outros.
A mim fez-me um jeitão! Que isto de ter que andar a secar uma máquina de roupa aos bochechos não está com nada, dependente do clima e completamente à mercê dos vizinhos, de estes estenderem roupa a escorrer exactamente por cima da nossa, acabando por encharcar o que estava quase seco.
Por isso e muito mais, não demorou muito tempo até adquirir uma máquina de secar.
Não é perfeita, consome bastante energia como é óbvio, e como tal não é o brinquedo mais amigo do ambiente. Mas dá-se uma no cravo e outra na ferradura. Só sei que não a dispenso: trouxe-me paz e descanso, independência em relação ao clima e aos vizinhos, é excelente em caso de emergências pois permite-me ter uma qualquer peça lavada e pronta a usar num espaço de horas, e nunca mais estive à janela, a resmungar enquanto pendurava meias no estendal, que é coisa para me enlouquecer de tarefa tão repetitiva e improdutiva que é.









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