segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Bucket list #6: os irmãos dos filhos únicos



Há um momento na vida de (quase) todas as crianças, em que quando os pais perguntam o que se quer como prenda de aniversário ou de natal, a resposta é um mano ou uma mana.

Também passei por isso. Mas, rapidamente mudei de ideias, e acabei por dizer à minha mãe "Olha, sabes aquilo do mano? Esquece lá isso. Fica sem efeito, está bem?! Afinal já não quero."

É que após o meu pedido, a minha mãe perguntou-me se eu tinha a certeza, e fez a questão de enumerar as responsabilidades de uma irmã mais velha.
Para mim, foi o quanto bastou para me fazer mudar de opinião. Nada daquela lista de afazeres e ufas-lufas casavam com o cenário fantasioso que havia construído mentalmente.
Sim, continuava a querer um irmão ou uma irmã, mas mais velhos que eu ou um gémeo, (sempre pensei que ter um gémeo haveria de ser do mais divertido que há!), o que era obviamente impossível.

Basicamente, acho que o queria era ter alguém, durante todo o ano, com quem pudesse viver o mesmo tipo de momentos que passava com os meus primos, quando a família se reunia.

Depois, a vida tratou de me dar tudo: irmãos e irmãs mais velhos, e até irmãs gémeas. Tudo na forma de amigos.

Um dia destes, não posso deixar de passar a oportunidade de dizer ao grupo imenso de amigos com quem cresci, cara a cara e olhos nos olhos, que fizeram sentir aquela miúda de 12 anos, tímida, insegura e cheia daquele angst próprio da idade do armário, a irmã mais nova de uma família enorme.

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